D. Manuel Linda, Bispo Auxiliar de Braga, presidiu à Conferência Quaresmal realizada no passado domingo, dia 17, em V. N. Famalicão, numa iniciativa promovida pelo Arciprestado de V. N. de Famalicão, em parceria com a Arquidiocese e a Confraria das Santas Chagas da paróquia de Santo Adrião, apresentando aos cristãos presentes uma reflexão sobre a Fé e o modo como a vivemos e professamos.
Deste modo, nesta Conferência que teve lugar às 17h30 na Igreja Nova Matriz de V. N. de Famalicão, iniciando e desenrolando-se integrada num momento de oração, enriquecida pelos cânticos entoados pelo Grupo Coral da paróquia de Landim, o prelado iniciou a sua apresentação começando por lembrar que “observamos uma crescente marginalização da Fé e um desejo de se afastar Deus da vida social”, faltando, mesmo na vida dos cristãos, “momentos de oração e encontro com Deus”, razões pelas quais o Papa Emérito, Bento XVI, proclamou o “Ano da Fé” que vivemos e celebramos actualmente. Posto isto, o orador acrescentou que “a transmissão da Fé não passa por dizer um conjunto de verdades, mas por dizer uma pessoa, Jesus Cristo”, elencando, a partir daqui, uma série de figuras que surgem no Evangelho de S. João que permitem observar diferentes tipologias relativas ao modo como se vive a Fé e como esta pode influenciar toda a nossa existência, tipologias essas com as quais “facilmente nos podemos identificar em diferentes momentos da nossa vida”.
Assim, começando por S. Tomé, passando por Nicodemos, pelo funcionário real de Cafarnaum, pela Samaritana e pelo seu povo, assim como Maria Madalena e o próprio evangelista, S. João, D. Manuel Linda enfatizou que “não se pode confundir Fé com ciência e com evidências e que a mesma não pode basear-se apenas em dados exteriores, nem mesmo numa confiança, que embora completa e ilimitada, pode ser cega”. O prelado salientou que a nossa Fé deve, antes, sustentar-se “a partir da proximidade e da familiaridade com Jesus Cristo, pois é na relação coração a coração, cara a cara, que a Fé nasce”, acrescentando que a Fé deve ser “suficientemente profunda para que possamos reconhecer a Jesus, mesmo quando diante de um grande sofrimento tenhamos dificuldade em voltar o nosso rosto para Ele”. Por último, D. Manuel referiu a importância de atingirmos “a dimensão contemplativa da Fé, a mais elevada de todas e aquela que mais nos falta, mas que nos permite viver na verdadeira intimidade da pessoa de Jesus”.
Departamento Arciprestal da Comunicação Social
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